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#40 - COMO ALCANÇAREMOS ESTES JOVENS?

"...Eu escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o Maligno."
I João 2:14b

Esta é certamente uma das perguntas que mais se repetem nas mentes de diversos líderes cristãos, em especial nas mentes daqueles que desenvolvem seus trabalhos evangelísticos voltados para este grupo especial de pessoas, os jovens.

É comum se fazer esta pergunta pensando que a resposta será uma estratégia, um método, algo que tenha dado certo em outros ministérios ou igrejas e que possamos aplicar em nossa comunidade local, e isso é o que torna a resposta para esta pergunta ainda mais difícil, afinal, não se trata de um método, não existe resposta pronta para esta pergunta, mas sim, uma série de perguntas, respostas e principalmente de atitudes.

Façamos não apenas uma pergunta, mas algumas perguntas, e é justamente a resposta para estas perguntas, que nos mostrarão não a resposta, mas o caminho que devemos seguir. Se o objetivo é alcançar vidas para Cristo, sejam de diferentes idades, sejam jovens, crianças ou adultos, ou de diferentes tribos, como dependentes químicos ou quaisquer outros grupos específicos de pessoas, precisamos primeiramente olhar para dentro de nossa comunidade, e podemos começar fazendo a seguinte pergunta: “estamos preparados para receber este determinado grupo de pessoas?

O trabalho evangelístico requer organização, estratégia e seriedade. Vendedores de produtos diversos se empenham em alcançar seus clientes, mesmo sabendo que seus produtos são passageiros e na maioria das vezes, supérfluos. O que diremos nós quando o assunto é alcançar o perdido, e levar até ele a eternidade com Cristo através da mensagem do Evangelho? Creio que nosso compromisso e empenho em obter bons resultados deve ser maior do que um vendedor de carros.

Antes de simplesmente sairmos às ruas com convites, é preciso que tenhamos condições para receber estes visitantes, é preciso que a igreja local tenha bem definida sua visão e posição missionária, que entenda seu papel como lugar de acolhida, é preciso que a comunidade seja a família para os que foram abandonados, os amigos para os que foram traídos, o perdão para os culpados, a extensão do amor de Deus para os perdidos.

No livro de Atos 1:08, encontramos uma promessa maravilhosa, e uma atitude resultante desta promessa, a promessa é o Espírito Santo e o resultado é missões, o texto, que é base deste ministério, nos diz: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra”. Note que geograficamente, a forma como as regiões foram citadas neste texto bíblico, Jerusalém, Judéia e Samaria e confins da terra, formam um movimento de dentro para fora. Saiba mais sobre esta visão em nosso site, clicando aqui.

Eis agora outras perguntas que precisam ser feitas e respondidas com sinceridade, se queremos obter sucesso em alcançar, neste caso, os jovens de nossa cidade para Cristo:

Minha comunidade tem orado pelos jovens de minha cidade?
É indispensável dizer que, se não regamos nossas ações com oração, se não buscamos a direção de Deus para qualquer que seja a atitude a ser tomada, por mais bela e bem intencionada que seja, torna-se apenas o que chamamos de ativismo religiosos.

Evangelizar não se trata de ganhar território, mas de alcançar vidas, e neste processo devemos contar com a ira de nosso adversário, o diabo, portanto é certo que nenhuma estratégia humana produzirá efeito se o caminho não for preparado antes pela oração. É comprovada a diferença entra trabalhos evangelísticos feitos sob a cobertura da oração da igreja, é o que faz o sobrenatural acontecer quando o potencial humano se esgota, e a salvação é sobrenatural.

Qual a realidade dos jovens crentes de minha comunidade?
Quais são as atividades que minha comunidade promove para os jovens que já fazem dela? Onde eles se reúnem, com que freqüência, o que curtem, sobre o que falam? Estas são perguntas importantes dentro da visão de dentro para fora, afinal o objetivo é alcançar os jovens, mas depois de alcançados, o que encontrarão em sua comunidade? E não se trata de entretenimento, trata-se de atraí-los, é principalmente consolidá-los, sem de forma alguma arranhar o conteúdo, a verdade e a santidade do Evangelho, fazendo uso, porém, das características típicas da juventude, a força (I João 2:14).

Pensar do contrário seria o mesmo exigir que o coral do Circulo de Oração cante Withecross no culto de senhoras de uma igreja mais tradicional, não seria nada mal, mas certamente causaria desconforto para as amadas irmãs, da mesma forma, é preciso que, além de alcançar os jovens, a igreja esteja preparada para uma caminhada com eles.

Qual a realidade cultural, social e até mesmo financeira de minha cidade?
Este é um dos motivos pelo qual estratégias funcionam em algumas cidades e em outras não, fatores culturais, sociais e até mesmo financeiros devem ser levados em conta se desejamos evitar qualquer tipo de choque.

Por outro lado, é preciso lembrar que para o cristão a diversidade é uma oportunidade, e que a igreja que almeja levar as boas novas do evangelho deve ter também o objetivo de enriquecer a realidade cultural e social de sua cidade, portanto, responder a esta pergunta pode abrir um leque de oportunidades ainda não pensados, oportunidades onde a igreja pode ser Corpo, balsamo, abraço, família. Saia do templo antes de querer que os perdidos entrem nele!

Qual a linguagem usada pelas tribos urbanas que pretendo alcançar?
Conheço histórias de “pregadores” que pensando estar comunicando o evangelho, sem contudo, tornar sua mensagem compreensível aos seus ouvintes, transformaram suas “pregações” em uma verdadeira confusão. Evangelizar é o mesmo que comunicar o evangelho, e para que haja comunicação é preciso um transmissor (evangelista), um ou mais receptores (jovens não crentes) e a mensagem, que precisa ser transmitida através de códigos compreensíveis tanto pelo transmissor quanto pelo receptor, neste caso, a linguagem.

É interessante como o conhecimento da linguagem aproxima e torna possível a comunicação, e é neste ponto que muitos trabalhos evangelísticos urbanos pecam, pois semelhante às tribos indígenas, as tribos urbanas também possuem seus rituais, seus costumes e muitas vezes demorar a aceitar a entrada de uma nova idéia. Trabalhos missionários realizados com tribos indígenas são frutos de muita oração, dedicação, estudos e a consciência de sua importância, não podemos ter uma visão diferente, menor, para missões urbanas.

O que minha comunidade pode fazer para alcançar estes jovens?
Agora sim, podemos pensar mais claramente sobre o assunto, pois temos um ponto de partida, eu ousaria responder a esta pergunta da seguinte forma: “sendo igreja”. Pois ser igreja não significa oferecer entretenimento, ou ter uma agenda semanal de lotada de atrações, ser igreja significa ser família, ouvir, compartilhar, caminhar, ensinar e aprender juntos, a comunidade pode ser igreja, é o melhor que pode fazer.

Podemos, e devemos considerar as realidades sociais, culturais e econômicas sobre o local que pretendemos alcançar, e organizar um mutirão, ou um dia de trabalhos sociais, no caso de ser uma comunidade carente por exemplo. Aproveitar os profissionais de sua comunidade para isso, dentistas, cabeleireiros, advogados, etc. Mas para o sucesso deste tipo de atividade, é importante que a igreja possua forte consciência missionária.

“E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.”
Atos 2:46 e 47

O mais importante disso tudo é a vida, é preciso viver o que se prega, o que se canta, é preciso pagar um preço para que outras pessoas sejam alcançadas, o amor é a marca que revela que somos filhos, que o Pai nos enviou Jesus como salvador. Não viver publicamente esta fé é o mesmo que fracassar, pois somos diariamente convocados a testemunhar nossa fé em Cristo e o mundo está cansado de conversa, anseia pela manifestação dos Filhos de Deus (Romanos 8:19).

O ministério Fogo para Missões tem o objetivo de auxiliar igrejas locais a desenvolver um trabalho evangelístico eficaz, na visão de dentro para fora, começando pela equipe de evangelismo local, passando pela igreja local e então alcançando a comunidade. Cremos no evangelismo com discipulado!
  

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